Prefácio e foto

É engraçado como o mundo é complexo e cheio de recantos e surpresas, não digo isto apenas num ângulo positivo, a verdade é que tudo depende da nossa perspectiva.
Aprender com as coisas más que nos acontecem, soará sempre a conversa de demagogo, encarar a vida como real e ingrata e traiçoeira, parecerá sempre conversa da mãe que não quer que nos magoemos.
Por essa razão a paciência para ouvirmos o óbvio, há muito que foi gasta com coisas realmente importantes, como as contas para pagar e não chegar atrasado.
O que sentimos ao ler Instantes Inquietos é que por vezes ganhamos mais, se nos atrasarmos.
A relatividade do tempo ficou patenteada pelo génio da ciência humana. Foi finalmente um atestado ao nosso arrepio na espinha, aquela sensação estranha de instantes inquietos, de magia do nosso imaginário na mistura de cores tão reais.
Facto é que não fazemos uso desse legado, nem sequer pensamos no que raio é que o velho de cabelo maluco pensou quando afirmou que o tempo é relativo.
Alguns seres humanos sentem essa relatividade, vivem nela, alguns de nós andam de chave no bolso, capazes de abrir a porta da clarividência que, conta quem viu, é tão simples e fácil de abrir.
São pessoas diferentes, incomuns, que estão por toda a parte, que estão ao nosso lado.
Sentimo-nos atraídos por elas, sentimos orgulho delas e julgamos que é apenas por nos serem algo... mas não... é porque carregam dentro algo maior do que elas próprias.
Instantes Inquietos é uma janela para esse algo de diferença, vindo de alguém que não quer fazer a diferença, quer que a diferença o faça a ele.
Aceitem as linhas seguintes com a mesma generosidade com que foram escritas...

de Diogo Morgado
retirado de http://instantesinquietos.com/