"Todos dizem ser forte o rio que tudo arrasta. Ninguém diz serem fortes, as margens que o comprimem"

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Talento luso reconhecido do outro lado do Atlântico

O actor português mais internacional, Joaquim de Almeida, está no topo da lista dos lusos que fazem sucesso em Hollywood. Tanto no cinema como na televisão, que, mais recentemente, recrutou outro nome nacional para os ecrãs internacionais: Daniela Ruah. A actriz dá provas do seu talento em ‘Investigação Criminal Los Angeles’ (‘NCIS: LA’) - exibida em Portugal na SIC e na Fox - na pele da agente especial Kensi Blye.



Um papel que já lhe valeu a nomeação para os Teen Choice Awards de 2010, na categoria de Actriz de Televisão: Acção. Portugal também lhe reconheceu a sua aptidão com um Globo de Ouro. Mas o seu lugar em terras do Tio Sam já está conquistado. E as exigências vão agora crescendo. "As audiências de ‘NCIS' têm sido extremamente boas, com uma média de 16 a 17 milhões de telespectadores", revela a actriz. A segunda temporada da série estreou a 21 de Setembro nos EUA mas ainda não tem data de exibição em Portugal. E enquanto os novos episódios não chegam, a Fox vai emitir toda a primeira temporada (que já passou no Fox Crime), a partir de 22 de Outubro. Sem data de estreia continua ‘Red Rails', o filme de George Lucas, em que contracena com Cuba Gooding Jr.

Para Daniela Ruah, contudo, as audiências não são uma pressão, antes uma motivação. Os seus objectivos são claros: "Sonho com uma carreira prestigiada, duradoura e bem estabelecida. A aposta num percurso internacional era uma prioridade. Sempre gostei de desbravar novas oportunidades e expandir os meus horizontes. Há muito para descobrir na indústria cinematográfica fora de Portugal", revela a actriz que, sobre todos os outros actores que tentam a sua sorte em Hollywood, tem a vantagem de ter nascido americana e estudado em língua inglesa. [Daniela nasceu há 26 anos em Boston, Massachusetts, no seio de uma família de origens judaicas, e chegou a Portugal com cinco anos, tendo estudado em Inglaterra e EUA]. Ainda assim, a pronúncia perfeita não evitou algumas dificuldades. "Foi difícil arranjar um bom agente, com bons contactos, entre várias outras coisas. É essencial ter alguém que esteja inteirado das oportunidades que surgem no mercado. São os meus mais importantes representantes nesta indústria e têm o ‘know how' para me aconselhar". O que não invalidou, contudo, que tenha ouvido alguns ‘não' nos castings. "Bastantes", confessa. Mas a actriz já domina a técnica: nunca fica à espera de uma resposta. Entra na sala de castings, cumpre a missão e sai sem olhar para trás. "Se me chamarem de volta, ainda bem. Se não, a vida continua". Para Daniela Ruah, "rejeição nunca é um insulto" mas "torna-nos mais resistentes". E por vezes basta um ‘sim' que faz a diferença. A actriz está a sair-se bem e a série da CBS é um sucesso provado. "A reacção do público a cada personagem, enredo, episódio, é cuidadosamente monitorizada, por isso temos sempre noção daquilo que funciona ou não e adaptamo-nos conforme os resultados. Até agora temos trabalhado com uma fórmula bem aceite pelo público, escapando às piores consequências da crise."

Daniela Ruah admite ter saudades de Portugal mas o contrato com a CBS impede-a de voltar, a não ser que surja "um bom argumento". Sem entrar em comparações entre o mercado norte-americano e o português, a actriz fala apenas do universo financeiro. "O mercado americano é maior, logo os investimentos monetários também", refere. E sublinha: "Nos EUA existem sindicatos de grande influência que protegem tanto os actores como os que traba-lham nos bastidores. Os direitos de cada um estão bem defendidos e, por isso, as pessoas sentem-se realizadas, já que são bem compensadas pelo trabalho que fazem". A actriz ainda não comprou casa nos EUA mas já pertence ao sindicato de actores, SAG (Screen Actores Guild). Em Los Angeles sente-se em casa, tal como se sentiu quando viveu em Nova Iorque, onde estudou no Lee Strasberg Theatre and Film Institute. Apesar do ‘glamour' de Hollywood, Daniela Ruah não se deixou deslumbrar. Continua a ser a mesma pessoa, a ter os mesmos gostos, os mesmos amigos "e mais alguns". Para ela, mais do que um desafio, ‘NCSI' tem-lhe proporcionado "experiências novas e a oportunidade de conhecer pessoas muito interessantes".

A caminho de Hollywood está também o protagonista de ‘Laços de Sangue' (SIC), Diogo Morgado, de 29 anos, cujo talento não deixou indiferente o realizador James Foley. Curiosamente, foi a sua interpretação em comédias televisivas (‘Malucos do Riso', SIC) que atraiu o norte-americano. Diogo Morgado irá surgir no grande ecrã na pele de S. José no filme ‘Mary Mother of Christ' e ao lado de grandes nomes do cinema como Al Pacino e Peter O'Toole. Em declarações ao ‘Hollywood Reporter', o realizador James Foley disse como escolheu o português: "Quando pensávamos que tínhamos terminado a nossa pesquisa, apareceu uma gravação deste jovem fantástico, uma futura grande estrela. Percebi que tinha encontrado a pessoa certa." Diogo Morgado sente-se honrado com a oportunidade, "única", mas garante que a internacionalização da sua carreira não é, para já, uma prioridade. As gravações têm início em Março de 2011 mas Diogo Morgado está tranquilo: "As minhas expectativas são altas mas neste momento procuro não pensar nisso." Ainda assim, recorda o impacto do convite: "Primeiro não acreditei, depois foi uma surpresa grande. É bom que as pessoas reconheçam a capacidade do nosso trabalho sem nos conhecerem de lado nenhum." Quanto à responsabilidade de contracenar com veteranos de Hollywood, é peremptório: "É sempre uma responsabilidade. Isto é honesto: quando tinha 15 anos e comecei a fazer novelas, saí de um ambiente em que estudava e jogava à bola para estar sentado ao lado do Armando Cortez, da Lídia Franco... O impacto foi muito maior do que o de ir rodar um filme em Hollywood. No fundo, eles [EUA] têm mais dinheiro, mais experiência, mas todos temos vontade de fazer bem."

Pedro Hossi é outro actor a falar português em Hollywood. Natural de Angola, estudou em Portugal, Paris e EUA. É hoje um nome em ascensão na indústria cinematográfica e televisiva norte-americanas. Pedro Hossi participa na série ‘The C World', de Bill Condon. O actor divide-se entre Portugal e o Brasil a rodar um filme e já tem em mente a produção de um projecto com o seu nome. E também ele sublinha a importância de um agente: "É muito, muito importante." Quanto a dificuldades, lembra: "Obter o visto de trabalho. Depois do 11 de Setembro tudo se complicou. Depois desse desbloqueio, tudo aconteceu com uma certa rapidez e naturalidade."

Hollywood continua a receber outros nomes a falar português. A modelo e actriz Evelina Pereira (‘Destino Imortal', TVI) está em Los Angeles a gravar o filme ‘Friends with Benefits', com Justin Timberlake. Em ascensão está também o jovem realizador Yuri Alves, que assina a minissérie ‘Tempo Final', a ser exibida na RTP1, e que está a rodar a sua primeira longa-metragem, ‘Ironbound'. Por fim, não se pode deixar de referir a veterana Maria de Medeiros, cuja carreira cinematográfica se tem dividido entre França, Portugal e EUA, onde contracenou com Bruce Willis em ‘Pulp Fiction' (1994), um filme de Quentin Tarantino.

ESTUDAR FORA DO PAÍS

Maria João Bastos, Benedita Pereira, Vera Kolodzig e Pedro Granger são outros talentos nacionais que apostaram em estudos internacionais para obter um maior ‘know how'. E, quem sabe, futuramente, ter uma oportunidade de ficar pelos países onde adquiram conhecimento. Reino Unido e Estados Unidos são os países mais procurados pelos actores lusos, mas também o Brasil. Londres e Nova Iorque estão, no entanto, no topo das preferências dos lusos. Maria João Bastos estudou no Lee Strasberg Theater Institute, em Nova Iorque, mas também no Brasil. A actriz Vera Kolodzig esteve em Nova Iorque e em Londres. Benedita Pereira optou por Nova Iorque. Pedro Granger prefere os EUA: estudou representação, argumento e realização.

O VETERANO DE HOLLYWOOD

Joaquim de Almeida foi pioneiro a apostar em Hollywood. O veterano de 53 anos ganhou fama no cinema mas foi através da TV que os portugueses recordaram o seu eclectismo, com participação em séries como ‘24' e ‘Crusoé'. Actor de cinema por excelência, está a investir mais na TV. Em Portugal e nos EUA. A estreia nacional dá-se com ‘República' (RTP1). "Há muito que o Paixão da Costa (realizador) queria que eu entrasse num projecto seu. Esta é uma oportunidade." Nos EUA, está a gravar a série ‘Parenthood', que estreia a 12 na Fox Life.

ESTUDANTE

Ana Cristina Oliveira ficará conhecida como a ‘rapariga da Levi's'.O anúncio correu o Mundo e valeu à modelo e actriz em ascensão a entrada directa no cinema norte--americano (‘Taxi' e ‘Miami Vice'), sendo que já vivia em LA. Em Portugal, fez séries e nos EUA entrou em ‘CSI: Miami'. Agora estuda História de Arte.


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Ana Cristina Oliveira ficará conhecida como a ‘rapariga da Levi's'.O anúncio correu o Mundo e valeu à modelo e actriz em ascensão a entrada directa no cinema norte-americano (‘Taxi' e ‘Miami Vice'), sendo que já vivia em LA. Em Portugal, fez séries e nos EUA entrou em ‘CSI: Miami'. Agora estuda História de Arte.

fonte correio da manha

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