"Todos dizem ser forte o rio que tudo arrasta. Ninguém diz serem fortes, as margens que o comprimem"

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Diogo Morgado: “Não me sinto americano” - Entrevista ao Sapo Fama

Diogo Morgado: “Não me sinto americano”

Estrela da série “The Messengers”, que está a ser gravada nos Estados Unidos, Diogo Morgado aproveitou um intervalo nas filmagens para vir até Portugal rodar um filme de baixo orçamento, “Virados do Avesso”. Sem peneiras, o ator confessa que não tem quaisquer problemas em trocar os luxos de Hollywood pela nossa pobreza franciscana…

Diogo Morgado
Diogo Morgado
O que fez regressar a Portugal e aceitar rodar o filme “Virados do Avesso?
Para já é uma desculpa fantástica para trabalhar com malta com quem não me cruzava há muito. Depois, trata-se de uma comédia de situação que me atrai muito como espetador. 
Outro dos motivos é porque o cinema em Portugal não mexe. Temos a mania de culpar a falta de dinheiro e de meios – que não existem, é verdade! -, mas há muita coisa que não tem a ver com dinheiro. Tem a ver com o querer e o saber usar os ovos que temos para fazer a melhor omeleta possível. Bato-me por isto há muitos anos e agora não fazia sentido, sabendo que posso contribuir para essa mudança, não dar o corpo às balas. 
Mas agora, que está habituado ao luxo das produções de Hollywood, não lhe é difícil voltar a um projeto português de baixo orçamento?
Isso para mim não existe. Uma coisa é água outra é tinto. Nós somos muito bons a fazer muito com muito pouco e para mim isso é mérito, porque é muito fácil fazer coisas com muito. Quando podemos temos uma roulotte só para nós; quando não podemos trocamos a roupa no café da esquina, como já me aconteceu neste filme “Virados do Avesso”.
Vai passar muitos dias em Portugal?
Não. Ainda estou a gravar a série “The Messengers” nos Estados Unidos e foi muito difícil conseguir arranjar estes diazinhos. Assim que acabar as minhas cenas em “Virados do Avesso” volto para lá no dia seguinte.
Já se sente um bocadinho americano?
Não e acho que nunca me vou sentir americano. Mas não escondo que me identifico muito com o mercado artístico dos Estados Unidos. É cada vez mais transversal, sem raças, cores ou idades.
A sua mulher, Cátia Oliveira, e o seu filho, Tiago, de 4 anos, também vieram até Portugal?
Claro! Para onde eu vou eles vão! E também estão a viver comigo, desde junho, em Albuquerque, no Novo México, local das filmagens da série “The Messengers”. 
Como estão a correr as gravações dessa série?
Estão a correr muito bem mas é, talvez, a coisa mais difícil que eu já fiz. Coube-me um papel muito complicado, não tanto pela intensidade mas porque é tecnicamente muito difícil. Em quase todos os episódios a minha personagem disfarça-se de outras. Quase nunca descanso e estou sempre em bicos de pés a tentar fazer diferente.
Vão ser quantos episódios?
Para já estão previstos 13, mas é quase garantido que serão 26. A série estreia em janeiro nos Estados Unidos e acredito que vai ser transmitida cá pela SIC.

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