"Todos dizem ser forte o rio que tudo arrasta. Ninguém diz serem fortes, as margens que o comprimem"

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

"A Teia de Gelo" na Serra da Estrela

Nicolau Breyner filma “A Teia de Gelo” na Serra da Estrela


Diogo Morgado encarna o papel de Jorge, um hacker de ambição desmedida, desvia o dinheiro de um conjunto de personagens que ninguém gostaria de ter em sua perseguição, ainda para mais alimentados por uma previsível avidez de vingança. Na fuga, o personagem principal desta trama acaba por se despistar. É precisamente neste ponto que nos encontramos. Com o actor Diogo Morgado a amaldiçoar a sorte em volta do seu carro despistado em plena Serra da Estrela.


O suspense serve-se no frio da Estrela

O FIAT conheceu o fim de linha nesta terra de ninguém. Está batido, adivinha-se, a montante, deste facto imensamente consumado na impotência e no desespero, a vertigem da fuga. O carro, preto, novo, estatelou-se neste labirinto de neve. Lá dentro alguém insiste em dar à chave; o carro soluça, mas não assume o sinal vital de um arranque que se pronuncia, mas que não se concretiza. O condutor sai, bate com a porta, abre o computador portátil, procurará algum sinal de rede, de vida, para além deste gelo que o cerca; desespera, esbraceja, grita por ajuda a alguém que não se descortina. Pragueja, grita aos céus. Em Português. Bem audível.

Corta!

A cena vai repetir-se, novamente. Agora em Inglês. As mesmas expressões faciais e o mesmo desespero são matrizes universais, mas este exercício de cinema que Nicolau Breyner está a implementar neste seu novo filme que será o primeiro projecto cinematográfico bilingue realizado em Portugal, com objectivo de internacionalizar a película.

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