"Todos dizem ser forte o rio que tudo arrasta. Ninguém diz serem fortes, as margens que o comprimem"
terça-feira, 28 de julho de 2009
Diogo Morgado, o Pedro de “Tudo por Amor” - “Detesto a rotina”
Diogo Morgado começou a trabalhar em moda aos 14 anos.
Hoje vê reconhecido o seu trabalho como actor.
TV+: O seu caso é um bom exemplo do salto da moda para o ecrã?
Diogo Morgado: A moda foi um bocado acidental, através de um concurso de uma revista juvenil.
Tinha um colega aficionado por moda que coleccionava posters da Claudia Schiffer, da Karen Mulder, dessas divas da moda, e que me desafiou a participar. Acabei por ganhar o curso de manequim que valia 200 contos naquela altura.
TV+: Nessa altura, que planos tinha para o futuro?
D.M.: Queria ser arquitecto e estudava no liceu da Cruz de Pau, porque moro na margem Sul. É um plano de que já desisti completamente.
TV+: Como surgiu a hipótese de representar?
D.M.: Fui a um casting convidado pela Look Elite em que o responsável era o director de actores da NBP, Virgílio Castelov. Correu bem e seguiram-se outros testes, acabando por ser escolhido para “Terra Mãe”.
TV+: Mas a notoriedade veio com o telefilme da SIC “Amo-te Teresa”...
D.M.: Foi um telefilme bem promovido e que considero ser o meu primeiro trabalho de grande qualidade. Fiquei na maior parte das memórias por causa dessa minha participação, foi aí que perceberam que eu também “estava cá”, apesar de já ter feito antes duas peças de teatro, logo a seguir à “Terra Mãe”.
TV+: A nossa televisão tem baixado de qualidade?
D.M.: Quando um telejornal abre com um pontapé de alguém num programa de entretenimento é precisamente a prova de que o importante é estar a ser exposto e de que o valor não interessa. E os critérios de avaliação vão sendo cada vez mais banalizados. Está um bocado nas mãos das produtoras, mas acredito na selecção natural da vida.
TV+: É um espectador difícil?
D.M.: Sou exigente. Critico tudo: desde o áudio até à roupa. Sou um cinéfilo, adoro cinema, vejo, pelo menos, três filmes por semana, de todos os tipos.
TV+: Como lida com os seus clubes de fãs na Internet?
D.M.: Por vezes, torna-se complicado lidar com isso. Não é que seja mau, antes pelo contrário, é sempre bom sabermos que há pessoas que gostam de nós. Mas eu sou muito reservado e, apesar de tentar lidar com isso de uma maneira diplomática, não gosto de sentir-me explorado nesse aspecto.
TV+: Pratica desporto?
D.M.: Já pratiquei vários. O meu favorito é canoagem, em que sou federado. Agora não tenho tanto tempo. De qualquer modo, não gosto de fazer nada sistematizado. Detesto rotina.
“Pedro podia amargar”
TV+: O papel de Pedro é uma experiência inovadora?
D.M.: O que interpreto em “Tudo por Amor” é, de certa forma, aquilo que nunca tinha experimentado. Tenho feito personagens densas e, sobretudo, dramáticas. Aqui tentei explorar mais o lado exterior. Um rapaz enérgico, com o orgulho ferido, que luta com o facto de os estereótipos o levarem num sentido inverso ao que gostaria. Isso tem o seu lado poético e bonito.
TV+: A vossa equipa parece estar verdadeiramente unida na exaltação ao amor...
D.M.: Todo o elenco estava extremamente coeso numa coisa: fazer bem uma telenovela. Nenhum dos actores vinha de uma experiência semelhante e pensámos: esta é a nossa novela, portanto, vamos fazê-la bem! Isso impulsionou uma enorme união. Daí estarmos todos com os corações a palpitar.
TV+: O desenvolvimento do Pedro tem sido do seu agrado?
D.M.: Podia ser mais.
TV+: Que pinceladas lhe dava?
D.M.: Acho que podia amargar mais. Por exemplo, acontecer algo trágico que lhe fizesse ver a necessidade de ter alguém que gostasse realmente dele.
TV+: É um recado para quem não gosta de arriscar?
D.M.: Pode ser. É muito simples vivermos felizes e bem. Porém, às vezes é preciso acontecerem coisas graves para termos noção disso.
Fonte:http://star.sapo.pt
2002
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Olá,
ResponderEliminarLembro-me de ver o Diogo nesta Novela, e também de outros Actores, que na altura não eram tão conhecidos, como o caso do Rui Luís Brás, que fazia de Padre.