"Todos dizem ser forte o rio que tudo arrasta. Ninguém diz serem fortes, as margens que o comprimem"

terça-feira, 28 de julho de 2009

Diogo Morgado: "um amor proíbido atrai qualquer um"


Em Lloret de Mar, na costa espanhola, o actor considera-se uma das pessoas mais felizes do mundo, pois, aos 20 anos, já conhece o sabor do sucesso. Em breve voltaremos a vê-lo na SIC no filme “Guiné”, onde vai contracenar com Catarina Furtado.

Diogo Morgado é, aos 20 anos, aquilo a que se pode chamar uma pessoa realizada. Quando decidiu ser actor, os pais nem queriam acreditar. Mesmo assim foi em frente, e hoje toda a gente fala no Miguel, um miúdo de 15 anos que se apaixona pela personagem interpretada por Ana Padrão, no telefilme Amo-te Teresa.

– Aos 20 anos já fez teatro, escreveu e encenou uma peça, fez televisão, moda, dobragens para desenhos animados, crónicas para a revista Fórum Estudante e agora o filme Amo-te Teresa. Por vezes, não dá por si a pensar 'isto é demais para alguém da minha idade'?

Diogo – Talvez. Quem passa cinco ou dez minutos comigo vê que sou uma criança a toda a hora. Quando estou a trabalhar gosto de estar à vontade e paro para falar com as pessoas. Mesmo com 20 anos, e apesar de brincar a toda a hora, sei quando devo ser responsável. Às vezes penso que, por fazer tanta coisa, perdi aqueles jogos de futebol ou as patuscadas com os amigos. Quase que tenho saudades daquilo que nunca fiz, mas se pudesse voltar atrás faria tudo da mesma forma.

– Ficou de “queixo caído” com o surpreendente sucesso de Amo-te Teresa?

– Completamente. Foi “só” o filme mais visto na televisão portuguesa, mais do que o Indiana Jones.

– No filme interpreta um miúdo de 15 anos que se apaixona por uma mulher mais velha. Já viveu algum amor proibido?

– Os amores proibidos atraem qualquer um. Eu vivi a minha infância no Alentejo e sei perfeitamente o que é o olhar inquiridor das pessoas, apesar de achar que o facto de uma relação ser ou não proibida depende unicamente da cabeça de cada um. Nestes ambientes ouve-se e fala-se de tudo. Lembro-me, por exemplo, de ouvir histórias de um lobisomem que mudava o pêlo num palheiro lá da zona.

– E havia pêlos?

– (risos) Havia pêlo, porque o dono da barraca o punha lá para o filho poder gozar connosco.

– Até que ponto o facto de ter crescido no Alentejo influenciou a sua personalidade?

– Considero-me alentejano, porque passei lá toda a minha infância. Os alentejanos gostam de uma mesa alegre: pão, vinho, chouriço e muita alegria. É esta simplicidade que eu tenho bem presente na memória e é assim que gosto de estar com os outros. Habituei-me a esta alegria desmesurada e às vezes caio no ridículo ao tentar, com desespero, animar o ambiente. Por outro lado, quando estou num ambiente em que está toda a gente contente, geralmente sou aquele que está mais apagado. Quando sinto que o ‘astral’ está tão lá em cima, limito-me unicamente a estar.

– Preserva muito o seu espaço? Tem dificuldade em partilhar aquelas pequeninas coisas com quem quer que seja?

– Cada coisa que me dão tem um valor muito grande, ninguém mexe e ninguém a leva. É preciso ser alguém muito especial para tocar nessas pequenas coisas.

– Estamos em Lloret de Mar, e amanhã irá completar 20 anos. Qual é o presente que mais deseja?

– Neste momento, sinto-me uma das pessoas mais felizes do mundo, não preciso de presentes. Sinto orgulho por tudo o que consegui alcançar, ainda mais quando penso que as minhas origens são humildes.

fonte:http://star.sapo.pt

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