"Todos dizem ser forte o rio que tudo arrasta. Ninguém diz serem fortes, as margens que o comprimem"
terça-feira, 12 de maio de 2009
diogo em entrevista ao correio da manha
Diogo Morgado, de 27 anos, é um dos actores mais requisitados na televisão. O Santiago de Vingança encontra-se actualmente a gravar um filme no Porto. Começou a carreira na moda e já fez teatro, TV e cinema.
O que representou Vingança na sua carreira?
Diogo Morgado Levou-me a acreditar que se pode fazer ficção alternativa, que não existe um padrão de novela. O sucesso da novela deve-se a uma vontade de fazer diferente, independentemente de ser melhor ou não.
Foi o seu maior desafio?
Se dissesse que sim estaria a mentir. Acho que agora tenho mais defesas e preparação para enfrentar desafios deste género. Há uns anos, independentemente da importância do projecto, representava um desafio muito maior por, naturalmente, ser a primeira vez.
O seu trabalho é hoje reconhecido por todos. A fasquia está alta?
O nosso trabalho sofre uma evolução natural com os anos. Sempre procurei projectos diversificados, uns correm bem, outros não. É graças a isto que vou aprendendo e evoluindo. Não tenho medo de que o próximo trabalho corra menos bem, mas se isso acontecer é a ordem natural das coisas.
Pelo público feminino, é visto como um sex symbol. É um estatuto que lhe assenta bem?
Julgo que não. Tem muito a ver com o trabalho do momento. Quando estava nos Malucos do Riso ninguém me achava sexy. Respeito, acho piada e prossigo.
Agora está a fazer um filme. Recusou a novela da SIC?
A relação que tenho com a SIC é de amizade e respeito, por isso não recusei nada. Conversei com o Francisco Penim e com a Teresa Guilherme e concordámos que fazer este filme, de distribuição internacional, não só era bom para mim como também podia ser para a estação a longo prazo.
Assinou um contrato de exclusividade de dois anos com a SIC. Sente-se bem nesta casa?
Lindamente. Além de ser uma estação dinâmica e inovadora, tem um cariz social importante. É uma televisão feita de pessoas para pessoas, sempre fui acarinhado e alvo de confiança. Orgulho-me de pertencer à SIC.
A projecção mediática assusta-o?
Não, mas é algo com que tenho alguma dificuldade em lidar. Sinto que vivemos num país que por vezes não actua de acordo com a sua escala, nem por parte da classe artística, nem por parte dos media.
Diz que só se considera actor há pouco tempo. Porquê?
O processo de maturação de um actor é demorado e complexo, feito de buscas e receios. Sinto que só há pouco tempo ficou claro na minha cabeça e espírito que é a arte que me define enquanto pessoa.
As suas qualidades e defeitos?
Algumas qualidades confundem-se com defeitos. Assim, julgo que o que me define é a perseverança, teimosia, obstinação e espírito de sacrifício.
O que é que o realizaria como profissional?
Daqui a alguns anos gostaria de realizar um filme, julgo que isso me realizaria como profissional. É um projecto a longo prazo, o culminar de várias experiências. Consegue-se pôr em prática tudo o que se aprendeu.
Diz que a carreira de actor não é boa para quem quer constituir uma família...
A estabilidade necessária para constituir família pode sair prejudicada para quem decide ser actor em Portugal.
Agora tem uma nova namorada. O casamento está no horizonte?
O que quero é ser feliz, e isso pode contemplar o casamento ou não.
Quem é ela e há quanto tempo namoram?
Não interessa quem é, mas o relacionamento dura há cerca de ano e meio.
Nunca escondeu as suas namoradas. Por que motivo resguarda esta relação?
Para protegê-la. Na minha relação anterior as coisas não correram bem, pois deve haver um limite quando se fala da vida pessoal de alguém.
Como reage ao facto de a sua boa relação profissional com a Lúcia Moniz ter levado a boatos de uma relação amorosa?
É fruto da história de amor das personagens. As pessoas pensam que por parecer real poderá ser real.
Mudaram a vossa postura?
Claro que não. Continuamos a ter exactamente o mesmo tipo de relação que sempre tivemos.
Contracenar com o Afonso Maló na novela despertou-lhe a vontade de ser pai?
Não despertou, apenas alimentou uma vontade que já tenho há muito.
Gosta de se ver na TV?
Por norma não me vejo a mim mas ao trabalho que faço.
Tem algum tique em televisão?
Quando estou tenso abro as narinas. Só dei conta disto em Vingança.
O que mudaria?
Nada. Os nossos defeitos são as nossas características.
Melhor momento da sua carreira?
O filme Amo-te Teresa. Foi uma surpresa, pela importância e impacto que teve nas pessoas.
E o instante mais embaraçoso?
Entrei em cena, escorreguei num tapete e desapareci atrás de um sofá...
Gosta de ser reconhecido na rua?
Não me sinto confortável, mas gosto de me sentir acarinhado.
Pessoa de referência na televisão?
O Júlio Isidro. Adorava ver os programas que apresentava. Tem algo que não consigo explicar.
O que gosta de ver?
Acima de tudo, séries americanas, como Heroes, Dr. House e Paranormal.
Perfil
Diogo Morgado nasceu a 17 de Janeiro de 1980 (27 anos), no Campo Grande, Lisboa. Bem cedo começou a sua carreira. Com apenas 14 anos ganhou um concurso de modelos, começando a dar os primeiros passos no mundo da moda.
Dois anos depois aventurou-se no pequeno ecrã, na telenovela Terra Mãe, da RTP. Mas acabou por ser num telefilme da SIC, Amo-te Teresa, que conseguiu maior notoriedade. Teve ainda participações na série Médico de Família e na novela Lenda da Garça.
Como apresentador, esteve à frente do programa Dá-lhe Gás. No cinema, já contracenou ao lado da actriz brasileira Maitê Proença, no filme A Selva.
Diogo Morgado é ainda um verdadeiro apaixonado pelo mar, tendo na vela, canoagem e natação alguns dos seus desportos favoritos.
Autor: Correio da Manhã
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